Dificil não é escrever sobre o campeonato, dificil é escrever algo que preste.
Invejo o jornalista ao lado que ao final dum dia de competição sai escrevendo com desenvoltura espremido na sala de imprensa.
Escrever pra mim é algo reservado, escrever é se despir e não me sinto confortavel nu perto de gente.
Percebo que existem duas Australias, uma dentro do ambiente do campeonato, hostil, preconceituoso, violento, mesquinho e até humilhante por vezes.
E há outra Australia, nas ruas das pessoas comuns, que é gentil, terna, interessada, hospitaleira e desprovida de preconceitos.
Trafego com desenvoltura pelas duas.
Imagino a dificuldade que deve ser participar apenas duma delas.
Ao final de cada dia exaustivo de transmissão, a equipe de comentario da transmissão na internet se confraterniza e bebe sua cervejinha.
Exceto pelos dois solitarios sul-americanos que são absolutamente invisiveis ao olho treinado do orgulhoso aussie.
Quando chegar ao Brasil, esse mesmo aussie será tratado a pão de ló, sem ressentimentos, somos assim e temos enorme prazer em receber bem as pessoas.
Os pais brasileiros são carinhosos com as crianças e ficam mais tempo com os filhos dentro de casa. Aqui na Australia um rapaz de 16 anos já recebe todo incentivo para sair de casa e conquistar sua independencia.
Com essa idade ja começa a beber e viver as frustrações da vida adulta, desde a procura por emprego até as desilusões amorosas.
A cultura vai se formando assim, nas pequenas coisas.
O adolescente que não teve moleza não vai facilitar a vida de ninguem, aqui se faz aqui se paga.
A Cobertura do campeonato, voce le aqui.