Goiabada
O homem que se vende recebe sempre mais do que vale. [Barão de Itararé]
sexta-feira, abril 16, 2021
sábado, setembro 19, 2020
Paraíso artificial
Isso será talhado de citações.
Ia soar estranho se não fosse assim.
Mesmo porque a etiqueta recomenda não opinar sobre o que voce não viu.
Mark Twain, dos belos bigodes e roupa branca, ele mesmo que surfou pelado no Havaí (Sacramento Union, EUA, 1866) escreveu que,
Algumas pessoas nunca cometem os mesmos erros duas vezes. Descobrem sempre novos erros para cometer.
O escritório da WSL aqui no Bananão fez esse favor ao surfe de maneira geral, descobriu uma nova forma de destruir um modelo que se anuncia desgastado já faz tempo.
Enquanto o resto do mundo tenta retornar ao que resta de sanidade esportiva mais próxima do que conhecemos como praxe (do grego, Opa!, prática, rotina) a WSL Latin America inova num retumbante fracasso.
Senão, vejamos como tem funcionado por aí.
Os primeiros a voltar com campeonatos como deve ser feito, sem firulas, apenas precauções e respeito pelas normas de saúde recomendadas, foram os portugueses e seu circuito regional profissional, um dos últimos circuitos nacionais resistentes que ainda teimam por nomear um (dois na verdade, um cavalheiro e uma dama) campeão nacional.
Hoje mesmo, dia 19 de setembro, estão no Porto competindo na quarta etapa, sem público, com patrocínios fortes (Meo, Allianz, Renault...) e centrados no que sempre interessou - ondas e surfistas.
Austrália fez seu teatrinho - sempre esperando por boas ondas - e ainda planejam mais dois.
Estados Unidos, Rancho do Tio Kelly, mesma lenga-lenga...
Europa, janela de espera e convidados dos países mais representativos, França, Espanha e Portugal - mais Itália e Kanoa que hoje vale por Asia, Europa e América do Norte.
(Me pergunto o que aconteceu com Reino Unido, sinais do Brexit...)
Japão, Chile e Austrália apostando em campeonatos virtuais com Web Series em diferentes formatos.
Chegada a hora de voltar ao surfe profissional na casa dos dois últimos campeões mundiais, a WSL Latin America enfia os pés pelas mãos e cria um problema que não existia antes da chegada do novo CEO Ivan Martinho, vergonha.
Pelos comentários lidos no Twitter, Youtube, Instagram e Facebook, a palavra mais usada pra descrever o evento que levou o nome de Onda do bem, foi mesmo vergonha.
Em português, castellano e inglês.
Tudo no evento era, ou soava, falso.
A desculpa de fazer algo positivo com solidariedade enquanto montam uma estrutura gigantesca na praia de Itamambuca em plena guerra de narrativas entre o desmatamento e a preservação não fazia o menor sentido.
Mesmo a alegada filantropia vai por água abaixo quando se gasta 200 vezes mais com o evento em si do que com as doações.
Não precisa ser um ás da matemática para juntar lé com cré.
Aliás, nem a divulgação oficial do evento diz quanto foi arrecadado para o projeto Ondas.
Assim que começou, recebi links para assistir ao vivo uma verdadeira tempestade (para usar o termo adotado pelo canal Off) de sorrisos e entrevistas repletas de superlativos.
Conferi os números, 2.600 espectadores ao vivo em português no Youtube.
Mais tarde, me certifiquei que havia transmissão em inglês na mesma plataforma e lá estavam sôfregos 730 resistentes aguentando Chris Cote numa tentativa desesperada de argumentar algo que fizesse sentido ao público de fora da bolha.
Dentro d'água, o atual campeão mundial Ítalo Ferreira e até os locutores do Sportv (mudei de plataforma!) tinham dificuldade de identificar quem era quem na onda - os câmeras completamente perdidos numa busca vã pelo registro...
Por fim, coincidência ou não, entra o jornal da noite (escolhe o canal, dotô) exibindo o fogo ardendo Brasil adentro, em proporções astronômicas, enquanto essa gente bronzeada mostra seu valor se divertindo à custa de quem deveria estar preocupado em preservar o pouco que resta de dignidade.
Poderia ser uma metáfora, a leveza diante do desastre.
Não é.
É apenas descaso.
PS 1 -
Recomendo vivamente a leitura do texto que nosso irmão Pablo Zanocchi escreveu no seu site (Dukesurf) sobre como a WSL Latin America despreza completamente o que não é Brasil.
Vale a reflexão de quem nós somos hoje no cenário do surfe mundial e como podemos repetir os mesmos erros que, durante décadas, apontamos nos outros.
PS 2 - Enquanto Itamambuca fervia de felicidade, Gabriel Medina fazia post com uma Corona na mão, poucos quilômetros dali com repercussão 1500 vezes maior do que todos convidados juntos.
PS 3 - Menti na primeira frase.
quarta-feira, janeiro 08, 2020
Boia 35
Sem perder nem uma semana, o episódio 35 do Bóia chega nos primeiros dias do ano de 2020.
João Valente está de volta - de Dublin!- e junta-se a Bruno Bocayuva e Julio Adler num trio que faria Reco-reco, Bolão e Azeitona orgulhosos.
Fizemos analogias com futebol para falar de como Brasil e Portugal revelam talentos para o mar e as quatro linhas.
Qual o custo disso ?
Revisamos, guiados pelo guardião da história Matt Warshaw, o ano que precedeu o nascimento do circuito mundial, 1975.
Celebramos, uma vez mais, ainda outra conquista do Ítalo, surfista do ano pela revista australiana Stab, votado pelos mais importantes surfistas do planeta.
É hora da Bóia.
Compartilhem, comentem, avaliem e debatam o podcast como se fosse 2019...
quinta-feira, setembro 05, 2019
Bóia 25
quinta-feira, agosto 22, 2019
Boia 24
Nosso fetiche |
Entre as férias no hemisfério norte e as fúrias do Hemisfério Sul arranjamos tempo para mais um episódio do Bóia.
Nos arrogamos o direito de debater a mais sofisticada filosofia de botequim hoje estudada em extensas e empolgadas postagens nas redes sociais.
Desenterramos Kant, Spinoza, Gregos e baianos e ainda, os irmãos George enquanto falamos do conceito de tempo e espaço.
A filosofia oriental acredita que o tempo, bem como o espaço, são construções da mente humana - e isso é completamente ignorado pelo Podcast.
Viciados que somos, passamos boa parte dos primeiros minutos cuidando exclusivamente das coisas mundanas do surfe profissional, principalmente Gabriel Medina, que foi tema de um texto fundamental do Nick Carroll no Surfline.
Famintos por (ainda!) mais desculpas para justificar nossa doença, buscamos um texto doído e sentido da escritora americana Ellis Avery publicado no New York Times no dia do meu aniversário.
Ainda acontecem homenagens aos nossos irmãos de sol e sal, Fanta e Damien Lovelock, que insistem em ir conosco para o mar toda vez que remamos nossas bóias em direção ao infinito.
The Surfer’s Secret to Happiness
By The Numbers: How Does Gabriel Medina Win? Nick Carroll analyzes the data -- and the data doesn't lie
Compre The Book of Waves do Drew Kampion
Newport Beach, California
Woody Woodworth
Nikon FM; Nikkor 20mm
Kodachrome 64; f5.6 @ 1/1000
"I've always loved shooting from the air. This was from 2,500 feet - a hurricane swell in October 1977."
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Durban, South Africa
Tony Arruza
Nikon FE; Nikkor 300mm f/4.5
Kodachrome 64
"Sunrise lines. A big swell coming into Bay of Plenty at sunrise. Shot from the 17th floor of the Elangeni Hotel."
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Oahu, Hawaii
Denjiro Sato
Nikon FE2; Nikkor 300mm ED
Kodachrome 64; f5.6 @ 1/500
"West side Oahu."
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Photo of water ripples by Denjiro Sato
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https://beachgrit.com/2019/07/dear-surfers-do-we-really-need-to-convince-strangers-that-our-sport-is-spectacular/
quarta-feira, agosto 14, 2019
Resolução de ano novo número 46 (2014)
terça-feira, julho 16, 2019
Boia 23
Não podemos ficar parados diante do clamor popular pela volta do Bóia.
O novo episódio do podcast menos ouvido do hemisfério deveria se debruçar nos resultados da etapa carioca da WSL mas preferiu ignorar completamente o pretérito imperfeito e cuidar do futuro do presente.
João Valente e Julio Adler comentam (repetidamente) como o surfe é percebido por dentro e por fora. Por que Julio evita e foge do substantivo Atleta quando se refere aos surfistas e João tenta, sem sucesso, definir a modernidade do surfe lateral do Italo e Gabriel.
J.Bay aparece brevemente, assim como Olimpíadas, o declínio do Império Australiano no topo do ranking e questões que podem envolver filosofia - ou não.
23 é dia de Jorge, cantava (canta ainda!) nosso estimado Benjor, aproveitamos a deixa para não falar de nenhum Jorge, nem Ben, nem Jesus.
Haja louça!
Café Tacvba no Tiny Desk Concert!
The Damned Street of Dreams
João Valente e Rodrigo Pimentão gastaram a ponta dos dedos e massa cinzenta para fazer a Visão Surf
http://visao.sapo.pt/edicoes_impressas/2019-06-17-VISAO-lanca-edicao-especial-sobre-Surf
https://www.surfersjournal.com/
domingo, junho 30, 2019
Batucada
Mike Tyson e Filipe Toledo ? Leia até o final |
Uma semana depois ?
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