Victor Ribas está de pé em cima dum banquinho tentando assistir a última bateria do dia no Arpoador.
Taylor Knox tenta acertar o lipe um pouco deformado pelo vento sudoeste e enterra a borda pela enésima vez nesse que foi finalmente o primeiro dia de competição do Billabong Rio Pro.
Na última vez que o circuito esteve aqui, 2001, Vitinho perdeu pro mesmo Taylor Knox na primeira fase, ambos tem hoje 40 anos de idade, ambos em forma, os dois competindo dia sim, outro também.
Victor Ribas é o melhor brasileiro classificado no ranking final da ASP em todos tempos, terceiro lugar em 1999.
Seu grande momento naquele ano foi em Fiji, enfileirou Machado, Egan e Slater. Parou só na final contra um predestinado Occy.
Até a última etapa em Pipe, Vitinho ainda tinha chances de ser o tal do primeiro brasileiro campeão mundial – perdeu pro Slater nas quartas, Pipe lindo.
Pois lá estava ele, com toda essa história nos cascos, sozinho tentando ver uma manobra na junção do Matt Wilkinson.
Um dos surfistas mais populares do Brasil, Ribas não foi convidado pra festa que tantas vezes o premiou num passado mais que recente – apesar disso compareceu, como bom profissional.
Seria nossa memória curta demais, ou cruel demais, pra sequer homenagear um camarada que orgulhosamente se vestiu de verde e amarelo nos pódios mundo afora durante quase 20 anos?
Vitinho pode até não ser lembrado, mas ainda não foi superado.
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