05/12
São seis ou sete da noite na movimentada cidade de Haleiwa, domingo sem onda, gente por todo canto e Bootsy Collins batucando seu baixo com a categoria habitual.
Ontem foi dia da volta olimpica pela ilha, East side, dica do Pepe.
Não saímos do carro, exceto pelo Polynesian center e o Jack in the Box.
Voltei enormemente iluminado.
No Polynesian center, descobri que, de forma alguma, aquilo era um museu, mas uma verdadeira experiencia da vida primitiva desses exoticos povos, com luau e tudo.
Comprando um ingresso, o sortudo tinha a oportunidade de experimentar cada uma das ilhas mais famosas da Polinesia, Tonga, Fiji, Rapa Nui (Pascoa), Samoa, Tahit, Havai.
Pela modica quantia de 120 Doletas, a vitima, quero dizer, o alegre cliente tem direito a um autentico banquete cultural - sem sal de frutas.
06/12
Mais turismo.
Surfe social em Backyards, 2 a 3 pés havaianos, traduzido para a metrica brasileira, um metro, as vezes mais num serie ou outra, o tal do head high dos gringos.
Fun (http://stephanfigueiredo.blogspot.com/) emprestou uma 5’10’’, minha fiel companheira nessa temporada sem ondas.
Quando imaginei que passaria 15 dias no Havai surfando de 5’10’’ ?
Verdade é que cada dia sem ondas no Havai vale por uma semana de surfe classico em casa.
Saindo do mar, nosso camarada e guia local Rodrigo Gota gentilmente nos levou para conhecer um pouco mais da culinaria havaiana.
Fomos direto para o Giovanni’s Shrimp Truck conhecer o famoso caminhão do camarão.
Escolhi, como não poderia deixar de ser, o Hot & Spicy e ainda hoje os efeitos colaterais voltam para me assombrar a noite.
07/12
Mar subiu!
Backyards tinha mais um metro de onda.
Rocky Point, OTW, Log Cabins e Laniakea quebraram um dia inteiro, perfeito, apenas 3000 surfistas na agua.
Paraiso.
08/12
Pipe Masters.
Ou seria Gummy’s Masters ?
Fica uma rasgada do Taylor Knox na memoria, o resto esquece-se.
09/12
A frustração de não ter o segundo dia do Pipe Masters.
Kona wind, toró, preguiça.
Como curar isso ?
Compras, afinal de contas estamos na America, terra da oportunidade.
Mesmo na roça que é o North Shore, é possivel alcançar a civilização em apenas 20 minutos.
Por civilização entenda-se lojas arreganhadas como as mocinhas na rua da luz vermelha.
O pecado da gula consumista não perdoa.
Quem nunca pecou que atire a primeira pedra.
10/12
Velho sonho de infancia, Velzyland.
Explico: quando garoto, morando na Gavea e surfando no Quebra-mar todo dia, os primeiros idolos idolatravam Larry Bertleman, Buttons e Mark Liddel- eu ia na onda.
Dudu e Matias foram antes, pouca gente na agua, alguma chuva, vento indo e vindo.
Senti falta dos locais ameaçadores, do tapa na cara, dos xingamentos, do fora haole e surfei como se havaiano fosse.
Não se repetirá.
Show beneficiente dos fundo de reserva dos salva-vidas com Butch Helemano no Waimea Falls.
Todos peso-pesados estavam la, sorrindo e bebendo alegremente.
Quem diria, surfar Velyland e ir num show do icone havaiano cercado dos mais temidos locais do North Shore no mesmo dia ?
Ja me sinto um local.
11/12
Bom local que sou, fui surfar com minha fiel 5’10’’ em Backyards.
Outro dia de 2 a 3 pés, metro e pouco pros chegados.
Mais compras.
12/12
Velzyland...
Desta vez com toda sorte de gente n’água.
Vejam o que é a falta de modos, 3 ou 4 surfistas de meia tigela se revezavam dando voltinhas nos locais e quem mais ousasse sentar no outside e esperar por uma serie.
Obra do destino, nem Perry Dane, nem Junior Moepono, nem João Boy, nada...
Sem ordem no line-up, sem aloha, retirei-me resignado, não sem antes experimentar o verdadeiro espirito havaiano e rabear descarademente um dos palhaços.
13/12
Ja dizia o ditado, it’s only Rocky Point but I like it.
Rocky Point deve ser o lugar mais disputado do mundo.
Disputa pela melhor foto nos dois lados das lentes, disputa pela onda, melhor manobra, bermuda mais colorida, prancha mais esquisita, corte de cabelo mais criativo, quem chega na praia com mais gente pendurada, maior equipe, menor biquini, maior biquini, cortes no pe, quem rabeia mais, quem é mais rabeado.
Sem resistir aos meus impulsos competivivos adormecidos, lancei-me aos leões na esperança de não ser notado, ao que tive enorme sucesso.
Mais compras.
Isso é diário mesmo!, interessante para quem não conhece o Hawaii, e tb por mostrar um pouco o outro lado da moeda.. great!
ResponderExcluirGostei da reportagem sobre o surfe em terras(ops), águas lusas, quem sabe um dia.. sempre tive vontade, ainda mais depois de ler Cadilhe (goiabada tb é cultura!)
Abraço, Daniel.
Muito bom, agente vija também.
ResponderExcluirLobo
Me senti no line up de Velzy vendo todas aquelas cenas :)
ResponderExcluirBota ae que a gente acompanha, Julio!
Abs
Joao
sensacional, Tio Juio.
ResponderExcluirque alegria saber que tu parou de inventar caô e resolveu, enfim, ir pra dentro d'água !!!
muito boas descrições de cada dia. embarca-se junto em cada conto.
e pqp, aquela rasgada do TK merece, sozinha, um 9.
to pra ver outro cara abordar uma onda daquela força desse jeito.
Julin,
ResponderExcluirObrigado pelo transporte imaginário para o Hawaii!!
Em agradecimento, vamos fazer uma barca hj a noite para pegar um "Peri"(as previsões apontam condições clássicas) eu , PT e R.O., e vc está incluído em espirito!!
Sinta-se conosco, assim como nos sentimos com vc!!!
Gd abrazzo,
PB
Grande Julio!!!
ResponderExcluirMuito boa a narrativa meu jovem...
Não dá para querer mais... ter essa tecnologia toda nas transmissões e Vc acompanhando pessoalmente e enviando textos dessa qualidade.
Parabéns.
R.O
ps: É verdade cara, altas ondas... Muito tempo que eu não surfava com os "Pedros", foi emocionante!!!
O Blê deu show de conhecimento local, e nos colocou nas melhores 2 horas de surf do swell.
Isso, sem contar com "pilota" na ida, tipo ALONSO em Monaco(mas seguríssima...juro, verdade), um happy (& fast) boating, e um pastel maravilhoso na volta... O homem domina a área.Valeu Blê e Pedrão!!!
R.O
hahaha Alonso em Monaco ..... muito conhecimento do local tem esse menino .
ResponderExcluirMal posso esperar pela proxima , foi espetacular.
abs !!
P.T