[O livro Puízia do Pepê foi entregue ao mundo no dia 16 de agosto de 1999, cerimônia discreta, pouca gente, os mesmos amigos de sempre.
O tempo passa e o que tá escrito lá ganha volume, pequenas frases envelheceram como lemas.
A poesia, que era até coisa de invertido, já passou a ser aceita pelos fariseus- até publicada! - aqui no Bananão, ainda que sem encostar na preciosidade duma sílaba do Pepê.
Escolhi, sem muito zelo, dois poemas do Puízia (que, não contem por aí, está por doze mangos num saite aqui).
Pra casar, um par de capas (de 74) duma revista resistente ao tempo, 45 anos, elegante todo esse tempo, com uma roupa pra cada ocasião.]
Revista Surfer 1974
Pra salgar a vida eu uso onda.
Carregar prancha a caminho das ondas
faz mais um desvio no corpo do surfista andarilho.
Por isso ele vê horizonte inclinado, puxando pro lado.
Enxerga o voô capenga da gaivota à procura de peixe;
o declive da praia e o desaprumo da vida escorrendo no
Tempo.
Pedro Cezar
semana inspirada. à flôr da pele.
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