segunda-feira, agosto 24, 2009

Matt e suas cabeçadas


Matt acelerando pro sexto do WQS - Jadson, bem na frente, em segundo. Melhor correr...

Jed Smith é o garoto de recados da revista Stab.
Criação do menino mau da imprensa australiana, Derek Rielly, a Stab tem um saite muito mais interessante do que a versão impressa, graças ao Jed e suas tiradas, ora arrumando confusão com velhos e bem estabelecidos jornalistas como Tim Baker, ora babando ovo do Kai Neville e cia.
Rielly trabalhou na Australian Surfing Life como editor de 1995 a 99, saiu para estabelecer a Surf Europe (revista publicada em 4 idiomas no velho continente) e fazer seu pé de meia - sem contar o fato de ir viver em Hossegor, um passo pra la de esperto.
Inspirado no humor, irreverência e sarcasmo dos grandes editores do Jornal Tracks nos 70 (Phill Jarratt, Paul Holmes, Albie Falzon e Witzig) Derek Rielly acredita ser o escolhido divino para castigar todo resto da imprensa pela eterna omissão nos temas que ELE considera relevantes, homossexualismo, drogas, sexualidade, grana, fama e cama.
Dito isso, compreendemos um pouquinho do ambiente que concebeu Jed Smith, um rapaz novo, 22 anos, muito bem articulado, capaz de aumentar a audiência do saite da Stab pela capacidade de produzir conteudo (de alguma qualidade) sem parar, criando essa tal fidelidade que tanto se fala na internet.
Mesmo sem concordar com os textos, ou mesmo me interessar, visito diariamente o saite pra saber o que passa na cabeça dum aussie de 22 anos que ocupa esse espaço alternativo onde tambem milito.
Ontem, dia 24/08/2009, Jed Publicou mais uma de tantas entrevistas com a rapaziada da nova geração australiana.
O escolhido foi Matt Wilkinson, uma especie de Cory Lopez australiano, menos os culhões gigantes.
Respondendo as perguntinhas amanteigadas do amigo Jed, Wilkinson expos ao mundo- ou pelo menos à mim- todo preconceito (e temores!) escondido pelos australianos e americanos, surfistas ou não.
Leia as duas ultimas perguntas e respostas, depois comento abaixo.

[Do you think having an aerial game on the WQS is just as valid as power surfing?

After my round of 24 heats, they had the expression session. Jadson [Andre], Miguel Pupo and Gabriel “air reverse” (Medina), went out and did 700 air reverses in twenty minutes. The judges have figured it out now. But as long as you do a few different tricks, the judges froth. All you need to do is a have a think about it and figure out which moves will get the points.

Is the judging criteria being easily manipulated or is progressive surfing being justly rewarded?

Fucken oath, it’s a good thing, for, progressive surfing. Air reverses don’t work anymore because Jadson and all the Brazilian’s do ‘em now. Plus, the reality is that you get to the semi and lose every single fucking time [if you only do reverses]. But I have figured it out. The new move is backhand air reverses. I’m gonna start doing them next contest. There will be another move after that but I haven’t figured that out yet. I will by next weekend.]

Fica claro que o maior medo da turma do andar de cima, os que falam ingles (com alguma dificuldade e enormes limitações) é que os macaquinhos do bananão e adjacencias aprendam todos truques deles - e os melhorem.
Ricardo Martins ja alertava la nos 90 que o dia que os brasileiros aprendessem o jogo, os caras mudariam as regras.
Um profeta.

PS - Wilkinson teve carreira meteorica como amador, fechou contrato gordo com a Rip Curl e tudo indicava que seria alguma coisa.
Não é.
Owen Wright é.

10 comentários:

  1. Eduardo2:26 PM

    recalque forte,muleque novo e já é recalcado.Australianos tinham tudo pra serem gente boa,belo país,pouca gente,desenvolvimento,clima bom.Mas em termos de xenofobismo e "o mundo é meu umbigo" competem com os EUA.Bandos de babacas!
    Quanto aos critérios de julgamento,uma coisa é certo:o surf atual está muito igual,é aéreo e rabetada invertida toda onda!!!Mesmice.
    Experimenta ver o filme do Clay Marzo,toda onda mesma manobra.O cara surfa muito, isso é fato,mas o filme parece que é a mesma onda toda vez,cansa.
    WQS é a mesma coisa.Se tem tubo ou point break fica interessante,mas campeonato em beach break depois de um tempo vc já viu tudo.

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  2. Charlatão2:44 PM

    Isto me lembra quando eu competia no motocross com dificuldades financeiras. Tinha que improvisar. Porém, nos idos dos anos 90 comecei a andar na frente, mesmo com a velha XR. Resultado, para que os filhinhos de papai pudessem ganhar o título - afinal eles tinham motorhome, equipe técnica, patrocínio - mudaram o regulamento - com a alteração do nº de vitórias - valendo somente as 3 últimas etapas - as nove primeiras seriam apenas classificatórias - no eixo RJ/SP - enquanto as três ultimas foram no MT/RS/SE (!)
    Pois sabiam que não tínhamos como custear as últimas etapas.
    Resultado: eliminação.

    Então, a história se repete a exaustão, só muda o cenário, os personagens e suas vicissitudes são as mesmas.

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  3. O cerco tá fechando pros gringos! Só falta os brasileiros melhorarem em ondas grandes, e isso já tá acontecendo, vide Mineirinho, Bruno Santos... Por sinal, vejam a última onda de um vídeo do Fred Patachia na indonésia no Surfline!!

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  4. link do video
    http://www.surfline.com/video/featured-clips/indo-island-hop_29760

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  5. Anônimo7:32 PM

    como dizem aqui na ilha: "guri pequeno metido a besta"
    abraços

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  6. Esse cara disputou quatro semifinais no WQS deste ano e perdeu todas (o que explica o recalque do loose every fucking time). Já os aéreos... o Gudauskas repetiu na praia Mole aquela pirueta agarrada que rendeu um 10 nas Maldivas... ganhou 9 e virou a bateria... em um mar em que nota 7 era muita coisa. Aí nego diz que o surfe do neco e do pedra é ultrapassado. vai entender.

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  7. ADOLFO3:08 PM

    Algumas coisas nunca mudam.

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  8. Aos poucos o Brasil vai entrando no meio dos tops... dalhe Mineiro, Jadson, Bruno santos...

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  9. Santos Surfer11:14 AM

    O surf competição é uma tremenda palhaçada. A cada webcast fica mais evidente: O nome do surfista e/ou do patrocinador pesa na nota. Existe um tipo de julgamento para KS, Fanning, Parko, Taj e até para o Mineiro, que NUNCA perdem baterias apertadas. Já os outros surfistas, para ganhar dos supracitados, não podem deixar a menor sombra de dúvida.

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  10. Esse moleque pega muito. Surfe dentro dos padrões dessa nova geração. Rabetada pra todos os lados. A coisa parece ser tão fácil. Se banalizou. No QS da Mole foi prejudicado pelo julgamento. Poderia ter ido mais longe. Quebrou sua prancha e ficou perdido numa Mole mexida pelo vento sul. Tem futuro, assim como o Brett Simpson. Achei ambos com amplas condições de figurar entre os tops de 2010. Quem sabe?

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