segunda-feira, dezembro 12, 2005

Brunin

Pela primeira vez em muitos anos, o Brasileiro torce hoje para que o Mar suba em Pipe.
Depois de passar pela triagem mais difícil do mundo novamente, duas vezes seguidas!, Bruno Santos encarna o espírito do nosso saudoso Pepê Lopes e Bocão, ambos surfistas que desconhecem a palavra medo, justo como o niteroiense.
Nos anos 80 acreditamos no Russinho e Taiu em Sunset, Valdir em Pipe e nos alegrávamos com as fotos insanas do Renan 'Da Crab' Pitanguy em Pipe e Waimea.
Burle, Eraldo e Resende tiveram desmpenhos discretos nos eventos havaianos enquanto, silenciosamente, iam quebrando barreira atrás de barreira nas sessões isoladas de free-surf.
Peterson apareceu como grande promessa, teve atuações excelentes em Sunset, pelo menos uma bateria épica em Pipe, quando perdeu roubado pro Rob Machado, mas logo se encheu do stress do Havaí.
Bruno Santos ignora as pressões e transforma em vantagem a sua desvantagem.
Dropa de onde quer em Pipeline e deu uma aula - ainda não aprendida- na triagem mais casca grossa que um surfista pode competir, faço questão de repetir.
O havaiano quando compete em casa é desleal, xinga, segura cordinha, ameaça, joga água na cara e nem é com Brunin, que aproveita o descaso e bota pra baixo, estilo Carrol contra Ho, na bateria semi-final.
Com o resto da turma, a gente até torce por um Mar bom, mas com Bruno a torcida é outra: quanto maior melhor.



Pepê, Mobral (pela vaca histórica), Ratão, Da Crab, Valdir e agora Bruno - mas ainda tem o Fun, Danilo Couto, Pato e Pig.
Será que Brunin vai trazer esse caneco pro Salvelindo ?